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O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, reconheceu que o momento de iniciar diálogos políticos com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), não está distante. Em entrevista à Rádio Metrópole na manhã desta segunda-feira (4), Roma afirmou que a aproximação política com Neto deve acontecer em breve, considerando as definições para as eleições de 2026. O ex-ministro destacou que o pleito estadual será fortemente influenciado pela disputa nacional e reforçou que o principal objetivo do PL é lançar o ex-presidente Jair Bolsonaro como candidato à presidência.
Roma esclareceu que, embora ainda não tenha ocorrido uma conversa formal com ACM Neto, a expectativa é que isso aconteça quando a sucessão de 2026 se aproximar. "Ainda não houve uma aproximação nesses termos, mas acredito que não demorará. Com a chegada da sucessão de 2026, será necessário sentar e buscar entendimentos sobre como será o desfecho na Bahia", disse.
Questionado sobre a possível candidatura de Neto ao governo da Bahia, Roma reconheceu a força do nome dele, mas fez uma ressalva. "Ele é um nome forte, mas não podemos depender apenas da vontade de ACM Neto. Não sabemos se ele vai seguir até o fim. Já vimos situações em que ele identificou um cenário e desistiu da disputa", afirmou Roma, lembrando que já colocou seu nome à disposição para a sucessão estadual. O presidente do PL acrescentou que, embora tenha tido conversas com outros nomes do partido, como Bruno Reis, Zé Ronaldo e Sheila Lemos, ainda não retomou um diálogo político com Neto desde o período eleitoral.
Sobre a possibilidade de uma candidatura do União Brasil, Roma avaliou que Bruno Reis tem mais condições de agregar apoios em comparação a ACM Neto. "Bruno Reis hoje reúne mais condições de apoio, mas não sei se ele está disposto a deixar a gestão municipal", ponderou. No entanto, ele destacou a dificuldade de uma possível aliança entre Bolsonaro e ACM Neto. "Com Bolsonaro sendo candidato à presidência, é difícil imaginar que Neto apoie essa candidatura", afirmou Roma.
O presidente do PL também comentou o desempenho do partido nas eleições municipais, destacando que, apesar de um número abaixo do esperado de prefeitos e vereadores eleitos, o PL obteve um resultado político significativo ao barrar o avanço do PT em cidades-chave, como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus, Lauro de Freitas e Salvador. "Isso gera uma boa perspectiva para 2026, fortalecendo nossas chapas para deputados estaduais e federais", explicou Roma.
O ex-ministro também ressaltou que a decisão estratégica do PL na Bahia foi apoiada nacionalmente, com o respaldo de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do partido, para enfrentar o PT, o que resultou no sacrifício de outras candidaturas. Em relação a 2026, Roma reiterou que o grande plano do PL a nível nacional é a candidatura de Bolsonaro à presidência. "Mesmo com alguns considerando impossível a candidatura de Bolsonaro, vemos uma grande viabilidade, principalmente pela forma como foi estabelecida sua inelegibilidade. Esse é o projeto número 1 do PL, e o que acontecer em 2026 certamente terá repercussões na Bahia", concluiu Roma.