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Alessandra Zanotto: A maior liderança feminina do agronegócio baiano

Foto: Redes sociais da Alessandra Zanotto

Alessandra Zanotto assume a presidência da Abapa com foco em inovação, liderança feminina e sustentabilidade.

A agricultora Alessandra Zanotto, aos 39 anos, assumirá em 1º de janeiro de 2025 a presidência da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), uma das entidades mais importantes do agronegócio baiano. Com uma visão clara sobre seu legado, Alessandra afirma: “Quero olhar para trás em quatro anos e saber que conectei pessoas, ideias e propósitos. Quero que a Abapa seja reconhecida não apenas pela sua representatividade, mas pela sua capacidade de colaborar e inovar.” Ela também deseja impulsionar a participação feminina no setor, destacando que muitas mulheres já demonstraram capacidade para ocupar espaços de liderança, mas enfrentam desafios como falta de oportunidades e coragem. “Espero ser exemplo e encorajá-las a assumir esses espaços.” A trajetória de Alessandra com a Abapa começou em 2015, quando foi convidada a integrar a diretoria como tesoureira na gestão de Júlio Busato. Ela define esse período como uma experiência de aprendizado profundo: “Cuidar do caixa é a melhor forma de entender uma organização.” Quatro anos depois, assumiu o cargo de vice-presidente e enfrentou resistência e desafios, mas manteve-se firme em suas convicções, apostando na diplomacia e na persistência como elementos-chave para superar os obstáculos.Agora, Alessandra se tornará a segunda mulher a presidir a associação desde sua fundação em 1996, sucedendo a Isabel da Cunha, que foi a primeira mulher a ocupar esse cargo na década de 2010. Ela reforça sua missão: “Quero honrar esse legado, abrir espaço para mais mulheres e trazer novas energias para a associação.” Desafios e perspectivas para a Abapa Com 140 associados e uma relevância histórica no cultivo de algodão, a Abapa representa a força do Oeste da Bahia no cenário nacional da produção da fibra. A região, que começou com uma produção modesta no sudoeste baiano, se transformou em uma das principais regiões produtoras do Brasil, atrás apenas de Mato Grosso. Em 2023, o Oeste da Bahia produziu cerca de 1,6 milhão de toneladas de algodão, com uma produtividade média de 330 arrobas por hectare. Segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa é produzir 1,7 milhão de toneladas na safra 2024/25, 0,9% acima da produção anterior. Para Alessandra, liderar a Abapa significa dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito com responsabilidade, mas incorporando inovação, empatia e desenvolvimento sustentável. “O algodão transformou a Bahia e quero garantir que ele continue sendo um motor de desenvolvimento e inovação.”Sustentabilidade no centro da gestão. A preocupação com a sustentabilidade será um dos pilares da nova gestão. Alessandra já implementou práticas de mensuração da pegada de carbono em sua fazenda familiar de 5.500 hectares, onde cultiva algodão e soja, e planeja expandir essas iniciativas para a Abapa. “Quero que a associação seja exemplo em sustentabilidade e contribua para a construção de um setor mais consciente.” Além disso, ela destaca as características únicas do algodão baiano, que se beneficia do clima com exposição prolongada ao sol, resultando em uma qualidade diferenciada que deve ser promovida no mercado internacional.

Estrutura robusta e projetos estratégicos.

A Abapa conta com uma estrutura avançada, como o Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia, com unidades em Eduardo Magalhães, Barreiras e Rosário, e um Centro de Análise de Fibras, o maior da América Latina, com capacidade para processar 30 mil amostras diárias. Além disso, a associação é responsável pela implementação do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), em parceria com a Better Cotton Initiative (BCI), que opera em 22 países e visa criar práticas responsáveis para o cultivo da fibra. Prioridade na construção de alianças e conexões Alessandra sabe que sua nova posição exigirá dedicação em diferentes frentes: “A presidência demanda presença constante, especialmente em agendas de governo e eventos do setor. No primeiro ano, minha prioridade será consolidar alianças.”Para equilibrar essa nova responsabilidade com a gestão do seu próprio negócio familiar, Alessandra conta com o apoio de seu marido, que assumirá algumas tarefas operacionais da fazenda.Em seu olhar para o futuro, Alessandra Zanotto aposta em uma liderança colaborativa e inovadora, que ajude a Abapa a enfrentar desafios e se destacar no cenário nacional e internacional do algodão, com foco no desenvolvimento sustentável, na diversidade e na inclusão. Uma nova era para o algodão baiano.

Com Alessandra no comando, a expectativa é de um período de crescimento, inclusão e conexão entre pessoas e propósitos. “Meu objetivo é dar continuidade ao excelente trabalho que foi feito até aqui, trazendo novas ideias e energias para fortalecer a Abapa e o setor como um todo.”Assim, Alessandra se prepara para liderar a próxima etapa de uma história marcada pela inovação, tradição e trabalho no campo do agronegócio.

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