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Justiça manda soltar ‘Rei do lixo’ e vereador que jogou dinheiro pela janela em operação da PF

Foto: Reprodução Redes Sociais

A Justiça Federal do Distrito Federal determinou a soltura do empresário Marcos Moura, preso pela Polícia Federal na semana passada sob a acusação de integrar uma organização criminosa responsável por fraudar licitações e desviar cerca de R$ 1,4 bilhão, apenas no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) da Bahia. A decisão foi assinada nesta quinta-feira, 19 de dezembro.O vereador de Campo Formoso (BA), Francisco Nascimento, também foi beneficiado pela liminar concedida pela desembargadora Daniele Maranhão, relatora do caso. Em sua decisão, a magistrada considerou que não há "fatos objetivos" que justifiquem a prisão preventiva, já que ela se baseia em indícios indiretos. Além disso, Moura e os outros investigados serão monitorados por tornozeleira eletrônica e proibidos de deixar o país, ocupar cargos públicos ou acessar os sistemas informatizados de suas empresas, que estão sendo investigadas.De acordo com a desembargadora, as principais evidências já foram recolhidas pela Polícia Federal e estão à disposição do Ministério Público Federal, o que diminui consideravelmente o risco de perda de provas. A defesa dos envolvidos ainda não se manifestou sobre a decisão.Entre os investigados estão os empresários Alex e Fábio Parente, donos da Allpha Pavimentações, Fábio Netto Espírito Santo, cunhado de Alex e Fábio Parente, e Evandro Baldino do Nascimento, funcionário de uma das empresas envolvidas. Conhecido como "Rei do Lixo", Marcos Moura é proprietário de um grupo que atua no setor de limpeza urbana em 17 estados do Brasil. O empresário tem uma estreita relação com Salvador, onde mantém vínculos com o ex-prefeito ACM Neto (União). A Polícia Federal indicou que Moura usava sua conexão com Neto para obter favorecimentos em negócios por meio de desvios de emendas. Embora Neto não tenha sido alvo da operação, ele negou envolvimento em qualquer prática ilícita.Moura também tem forte ligação com líderes do União Brasil, partido ao qual é filiado e do qual faz parte da executiva nacional. Um de seus aliados é o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis. Na capital baiana, Moura é responsável por um contrato de R$ 427 milhões para administrar a limpeza urbana. Já o vereador Francisco Nascimento é suspeito de receber propina para favorecer empresários em contratos com a prefeitura de Campo Formoso. Ele foi preso enquanto estava em um apartamento em Salvador, onde, durante a operação, tentou despachar uma bolsa com maços de dinheiro vivo pela janela.A prisão de Moura e Nascimento ocorreu no âmbito da Operação Overclean, deflagrada em 10 de dezembro. A Polícia Federal investiga o desvio de recursos públicos, com base em fraudes e superfaturamento de licitações, envolvendo emendas parlamentares destinadas ao Dnocs e várias prefeituras.

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