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A Polícia Federal (PF) está investigando um esquema de corrupção que envolve empresários da Bahia e indica que Marcos Moura, preso na semana passada e conhecido como "rei do lixo", teria usado sua influência sobre o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, citado no inquérito, para facilitar a liberação de pagamentos pela prefeitura ao seu grupo. As suspeitas incluem fraudes em licitações e superfaturamento no Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) e em outras prefeituras, conforme reportaram O Globo e UOL nesta segunda-feira (16). Moura, assim como ACM Neto, é filiado ao União Brasil e faz parte da liderança do partido. Ele mantém uma sociedade com a irmã do ex-prefeito relacionada à posse de uma aeronave, segundo informações do UOL. Empresário no setor de limpeza urbana, Moura possui contratos com diversas prefeituras da Bahia, incluindo a de Salvador. Em 2018, durante a gestão de ACM Neto, seu consórcio, Ecosal, firmou um contrato no valor de R$ 427 milhões com a prefeitura para serviços de limpeza urbana por dois anos. O contrato foi renovado e permanece ativo. Contudo, as investigações da PF se concentram em outro contrato, da empresa Larclean com a Secretaria de Educação de Salvador. Embora Moura não seja sócio da Larclean, investigações sugerem que ele atua em parceria com o proprietário, Alex Parente, que seria acusado de fazer parte da organização criminosa ligada a Moura. Por sua vez, ACM Neto afirmou que seu nome foi mencionado apenas por "inferências" e que isso não está vinculado a qualquer ato ilícito. Em nota, sua assessoria destacou que não há registros de diálogos ou menções diretas relacionadas ao seu nome no inquérito e que as citações referem-se apenas a especulações sem base em atos de corrupção.