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Na última segunda-feira (2), a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos um pedido de extinção do Partido Liberal (PL), apresentado pelo deputado André Janones (Avante-MG). Esse grupo estratégico, criado na gestão de Augusto Aras, é responsável por investigar os episódios de 8 de janeiro de 2023.
O pedido foi assinado pelo chefe de gabinete da PGR, Carlos Fernando Mazzoco, e argumenta que o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, estaria relacionado a eventos que incluem os atos de janeiro e um incidente envolvendo explosões próximas ao STF no mês passado.
Debate sobre democracia e a liberdade partidária
Na petição, Janones afirma que o partido representa uma ameaça ao regime democrático, justificando o pedido de extinção com base em supostas ligações de membros da legenda com ações extremistas. O parlamentar defendeu que o partido "tem sido utilizado para promover ataques à democracia", embora nenhuma decisão tenha sido tomada até o momento.
Críticos apontam que o pedido levanta questões importantes sobre os limites entre a responsabilidade coletiva de uma instituição partidária e as ações individuais de seus membros, trazendo à tona o desafio de equilibrar segurança democrática e liberdade política em um país diverso e plural como o Brasil.
O caso ainda está em análise pelo Ministério Público Federal (MPF) e promete ser acompanhado de perto pela sociedade e pelos principais atores políticos do país.