Aprovação do petista caiu 7% na última pesquisa Genial/Quaest
Fátima Bezerra cobra mais presença de Lula no Nordeste e alerta sobre apoio em 2026
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), destacou que o apoio do Nordeste ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026 não está garantido e defendeu maior atuação do governo federal na região. Em entrevista ao jornal O Globo, a petista enfatizou a necessidade de intensificar agendas presidenciais e ministeriais nos estados nordestinos."O apoio do Nordeste não está garantido de jeito nenhum, muito pelo contrário. É preciso intensificar a presença na região este ano e cada vez mais", afirmou. Fátima lembrou que Lula foi liberado pela equipe médica para retomar viagens nesta semana, após se recuperar de uma cirurgia na cabeça. Segundo ela, a prioridade deve ser a entrega de obras, especialmente aquelas relacionadas à segurança hídrica e infraestrutura. "É o tempo da colheita, de entregar essas obras. Não podemos baixar a guarda. O governo tem que se fazer mais presente exatamente aqui no Nordeste. Não só Lula, mas também os ministros. A gente tem que ter muita atenção para os investimentos previstos e corresponder às expectativas da população."
Reprovação de Lula é efeito momentâneo, diz governadora
A governadora também comentou a pesquisa Quaest, que apontou um aumento na reprovação do presidente Lula. Para ela, os resultados refletem fatores pontuais, como a inflação de alimentos e a repercussão negativa sobre o monitoramento do Pix pela Receita Federal. "A pesquisa foi realizada em um momento de desgaste do governo federal, seja pela inflação dos alimentos, seja pela má-fé da oposição ao se aproveitar de uma medida corriqueira da Receita Federal. Não foi algo específico do Nordeste. É uma fotografia em um dia nublado. Tenho certeza que o sol voltará a brilhar em pouquíssimo tempo."
Olhando para 2026 e além
Sobre as eleições de 2026, Fátima Bezerra afirmou que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro e a divisão da direita podem beneficiar a reeleição de Lula. No entanto, ela defendeu que a esquerda comece a trabalhar em alternativas para o futuro. "É importante garantir a continuidade do projeto em 2026, mas também precisamos construir novas lideranças e estratégias para os próximos anos", concluiu.