Ele não quis dar prazo; ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou não se importar com a possibilidade de ser preso
Defesa de Bolsonaro tentará anular delação de Mauro Cid
O advogado Celso Vilardi, representante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confirmou ao Página Um que pedirá a anulação do acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid. No entanto, ele não estipulou um prazo para essa medida. A declaração ocorre no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou públicas as gravações da delação. O conteúdo foi utilizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia contra Bolsonaro no caso da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Bolsonaro minimiza possibilidade de prisão
Também nesta quinta-feira (20), Jair Bolsonaro declarou não se preocupar com a possibilidade de ser preso. Durante o Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal, em Brasília, o ex-presidente afirmou:“O tempo todo isso de ‘vamos prender Bolsonaro’. Eu caguei para prisão.”A declaração surge dois dias após a PGR denunciar 34 pessoas, incluindo Bolsonaro, por envolvimento no suposto plano golpista. No evento partidário, o ex-mandatário se defendeu das acusações: “Estou com a consciência tranquila, não tem nada contra a gente além das narrativas. Agora investiram nessa última de golpe. Geralmente, quem dá golpe é quem ganha. Agora o duro é quando você é golpeado e te acusam de dar golpe. Eu estou tranquilo”, afirmou. A PGR incluiu Bolsonaro entre os denunciados e o acusa dos seguintes crimes:- Organização criminosa armada; Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; Golpe de Estado; Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima; Deterioração de patrimônio tombado.