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Anielle “se perdeu no personagem”, diz Silvio Almeida

Ex-ministro dos Direitos Humanos volta a negar acusações de assédio e importunação sexual; depoimento à PF está marcado para 3ª feira

Silvio Almeida critica Anielle Franco e nega acusações de assédio sexual

O ex-ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, afirmou que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, “se perdeu no personagem” ao fazer as denúncias de importunação sexual que levaram à sua demissão do governo em setembro de 2024. Em entrevista ao UOL, publicada nesta segunda-feira (24.fev.2025), Almeida declarou que tanto ele quanto Anielle foram vítimas de uma “armadilha” baseada em intrigas políticas. “A ministra Anielle Franco caiu numa armadilha pela falta de compreensão de como funciona a política. A mesma armadilha que eu caí também. Eu acho que ela se perdeu no personagem. Quando você se torna ministro de Estado, a intriga se torna uma arma política”, disse. Almeida prestará depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (25.fev) no inquérito que investiga o caso, conduzido sob sigilo de justiça. Anielle Franco já foi ouvida em outubro de 2024. Em 18 de fevereiro, o ministro do STF, André Mendonça, prorrogou a investigação por mais 60 dias a pedido da PF.

Acusações e defesa

Em entrevista à Veja, Anielle Franco relatou que Almeida teria passado a mão em sua perna durante uma reunião ministerial e, em outra ocasião, teria sussurrado uma frase de cunho erótico em seu ouvido. Almeida nega as acusações e sugere que Franco teria se incomodado com sua relevância dentro da pauta antirracista, área do ministério que ela comanda. “Eu acho que, para tentar me desgastar e lidar com as divergências que eventualmente tinha comigo, ela participou da disseminação de fofocas e intrigas sobre meu comportamento. Talvez o objetivo fosse minar minha credibilidade, tirar meu espaço em certos círculos da elite carioca, da academia e do sistema de justiça”, afirmou o ex-ministro. Segundo ele, a ministra teria perdido o controle da narrativa e optado por manter a acusação para evitar admitir que fazia parte de um “jogo de intriga”. “Ela teve duas opções: reconhecer que foi envolvida em um jogo de intriga ou dobrar a aposta na história inverídica, criando uma crise enorme para o governo e destruindo minha vida pessoal e a da minha família. Ela escolheu o segundo caminho”, declarou. Almeida também rebateu a versão de Franco sobre a reunião em que teria ocorrido a importunação sexual. Segundo ele, o encontro foi “tenso” e a ministra teve um comportamento “deselegante” ao repreendê-lo publicamente. “Eu lembro que comecei a dar algumas opiniões e, em determinado momento, ela segurou meu braço e disse: ‘Em todo lugar que você está, você pensa que quer dar aula. Aqui não. Aqui não é lugar de dar aula’”, relatou.

Críticas ao movimento Me Too

O ex-ministro voltou a criticar a organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência, após a entidade ter divulgado acusações de assédio contra ele. Em setembro de 2024, o grupo afirmou ter acolhido denúncias de ex-alunas e outras mulheres que relataram comportamento abusivo por parte de Almeida. O ex-ministro nega todas as acusações e criticou o vazamento de informações à imprensa sem respeito à presunção de inocência. “Essas ilações absurdas foram disseminadas com o objetivo de me prejudicar”, afirmou.

Após a repercussão do caso, Silvio Almeida foi exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde então, ele tem reiterado sua defesa e alega ser alvo de uma campanha difamatória.

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