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Bahia tem 22 psicólogos a cada 100 mil habitantes na rede pública; estado possui o 2º menor número do Nordeste

Foto: Mateus Pereira / GOVBA

Escassez de Psicólogos no SUS Prejudica Atendimento na Bahia e Nordeste

A crescente demanda por profissionais de saúde mental na rede pública enfrenta desafios significativos em alguns estados brasileiros. Na Bahia, por exemplo, há apenas 22 psicólogos para cada 100 mil habitantes, um dos menores índices do Nordeste. O estado fica à frente apenas do Maranhão, com 18,5 profissionais por 100 mil habitantes, e do Ceará, com 22,3, segundo dados do DataSUS e da Agência Tatu, com base no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022. No ranking regional, Alagoas lidera com 41,1 psicólogos no Sistema Único de Saúde (SUS) por 100 mil habitantes, seguido pela Paraíba (39,3), Sergipe (27,0), Piauí (26,9), Rio Grande do Norte (26,5) e Pernambuco (24,3).

Situação da Capital Baiana

Entre as capitais, Salvador ocupa a 13ª posição nacional em número de psicólogos no SUS, registrando uma proporção de 32 profissionais por 100 mil habitantes. Na comparação com outras cidades nordestinas, a capital baiana aparece em sexto lugar, com aproximadamente 771 psicólogos atuando na rede pública. No entanto, esse contingente ainda é insuficiente para atender a demanda da população, conforme alerta a presidente do Conselho Regional de Psicologia da Bahia (CRP-BA), Glória Maria Machado Pimentel. “Ainda que Salvador apresente um índice um pouco melhor que o restante do estado, o número de profissionais está longe de ser o ideal. A grande procura por serviços psicológicos na capital exige um reforço considerável no número de profissionais para garantir um atendimento adequado”, enfatiza Glória.

Impactos da Falta de Profissionais

A situação se agrava com a escassez de psiquiatras na Bahia, que conta com apenas 303 profissionais no SUS, o equivalente a 22 para cada 100 mil habitantes. Segundo Glória Pimentel, embora o número total de psicólogos tenha aumentado ao longo dos anos, a presença desses profissionais na rede pública ainda é limitada, o que compromete o acesso da população ao cuidado psicológico. “A carência de psicólogos nas políticas públicas nos preocupa bastante. Esse déficit afeta diretamente a equidade no acesso ao atendimento psicológico. A falta de concursos públicos e a precarização dos vínculos de trabalho agravam esse cenário, prejudicando a continuidade dos serviços oferecidos. É fundamental destacar que esse problema tem múltiplas causas, incluindo a ausência de investimentos, a precariedade dos serviços públicos e o estigma ainda existente em torno da saúde mental”, pontua a presidente do CRP-BA. A baixa disponibilidade de profissionais reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes para ampliar o acesso à saúde mental, garantindo atendimento digno e acessível à população que depende do SUS.

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