Produção desbancou os Estados Unidos, que liderava o ranking por mais de vinte anos. Qualidade do algodão produzido no nosso país tem despertado o interesse da indústria têxtil em várias partes do mundo.

Pela primeira vez na história, o Brasil se tornou o maior exportador de algodão do mundo, superando os Estados Unidos, que lideraram o ranking por mais de duas décadas. Esse feito é resultado de anos de investimentos em tecnologia e pesquisa no setor agrícola. O desenvolvimento de novas variedades da fibra é um trabalho minucioso e essencial para garantir a qualidade e a adaptação das plantas ao clima e ao solo brasileiros. Em Trindade, Goiás, está localizada uma das cinco empresas especializadas no melhoramento genético de sementes de algodão. "Nosso objetivo é desenvolver materiais que se adaptem às diversas regiões do país, que sejam altamente produtivos e ofereçam uma fibra de qualidade superior, atendendo tanto o mercado interno quanto o externo", explica Reginaldo Roberto Luders, gerente de Melhoramento de Algodão. A produção brasileira tem registrado recordes consecutivos, consolidando o país como líder global na exportação da pluma. Esse crescimento é fruto de uma cadeia produtiva bem estruturada, desde a seleção das variedades mais adequadas, passando pelo preparo do solo e manejo eficiente, até a colheita e beneficiamento do algodão. "O Brasil vem adotando estratégias para conquistar esse espaço no mercado mundial. Todo o processo, do cultivo à colheita, influencia diretamente na qualidade e competitividade do produto", destaca Warley Palota, gerente de Marketing de Cultivo do Algodão. A fibra brasileira tem atraído o interesse da indústria têxtil global devido à sua resistência, espessura e comprimento, que atendem às exigências internacionais. Para acompanhar de perto esse avanço, compradores estrangeiros têm visitado o Brasil. "Depois de ver pessoalmente, posso afirmar que a qualidade do algodão brasileiro é excepcional", comenta uma compradora de Bangladesh. Um comprador do Paquistão também se mostrou impressionado com o nível tecnológico empregado na produção nacional. Atualmente, 150 países compram algodão brasileiro, e a meta é expandir ainda mais esse mercado. Para isso, a pluma passa por rigorosos testes laboratoriais e recebe um selo de qualidade, garantindo confiabilidade ao comprador internacional. "Nosso trabalho final é comprovar a qualidade do algodão. Os compradores, especialmente os estrangeiros, precisam dessa segurança, e para isso utilizamos equipamentos de última geração", explica Rhudson Assolari, gerente do laboratório AGOPA. Com investimentos constantes em pesquisa e o empenho dos agricultores, o Brasil promete manter sua posição de líder mundial na exportação da fibra por muitos anos. "O algodão brasileiro tem qualidade e preço competitivo, o que o torna altamente demandado no mercado internacional", conclui o produtor rural Carlos Moresco.