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Mulher que sobreviveu a bolo envenenado com arsênio fala pela 1ª vez sobre a nora: ‘Eu sabia que ela era má’

Deise Moura dos Anjos é suspeita de matar quatro pessoas em Torres (RS). Ela foi encontrada morta nesta semana dentro da prisão.

Sobrevivente de envenenamento por arsênio relata drama: "Ela tirou as pessoas mais importantes da minha vida"

Em um depoimento exclusivo ao Fantástico, Zeli dos Anjos, sobrevivente do envenenamento por arsênio supostamente cometido por sua nora, falou pela primeira vez sobre a tragédia que atingiu sua família. Deise Moura dos Anjos era investigada pela morte de quatro pessoas envenenadas em Torres (RS). Nesta semana, foi encontrada morta dentro da prisão. "Eu sabia que ela era má, que fazia maldades, mas nunca imaginei que chegaria a esse ponto", desabafou Zeli. "Não tenho pena, raiva ou ódio. Não sei nem que tipo de sentimento. Mas pensar que ela tirou as quatro pessoas mais importantes da minha vida...", lamentou emocionada.

Reunião de família termina em tragédia

O crime ocorreu em 23 de dezembro, quando Zeli e seus familiares se reuniram para a tradicional ceia com bolo de reis. A confraternização, porém, teve um desfecho trágico: minutos após provarem as primeiras fatias do bolo, todos passaram mal. As irmãs de Zeli, Maida e Neuza, além da sobrinha Tatiana, não resistiram. Zeli, Jefferson (marido de Maida) e o filho de Tatiana, de 11 anos, sobreviveram. O marido de Neuza, que não consumiu o bolo, também escapou. Zeli, que teve sintomas mais graves, ficou 19 dias internada. Inicialmente tratado como intoxicação alimentar, o caso tomou um novo rumo quando exames confirmaram a presença de arsênio nas vítimas.

Investigação revela premeditação

Os investigadores descobriram que Deise tinha um histórico de desavenças com a sogra. "Todos os depoimentos apontaram um certo ódio da investigada por Zeli. A própria Deise a chamava de 'naja', sempre com uma leve risada depois", revelou o delegado Marcos Vinícius Muniz Veloso.Três dias após as mortes, Deise foi ouvida pela polícia e negou envolvimento. No entanto, análise de seu computador revelou buscas sobre 18 substâncias tóxicas, incluindo "arsênio", "veneno para o coração" e "veneno para matar humanos". "Ela não planejou apenas o arsênio. Sua primeira pesquisa foi sobre o veneno mais mortal do mundo", destacou o delegado.

Ataque anterior e a descoberta do crime

As investigações apontaram que essa não foi a primeira tentativa de Deise. Em agosto, ela teria comprado arsênio e, no fim do mês, misturado a substância no leite em pó que entregou aos sogros. Dias depois, Zeli e o marido, Paulo Luiz dos Anjos, passaram mal após tomarem café com leite. Paulo faleceu em 3 de setembro, com a causa da morte atribuída a uma "infecção alimentar". Na época, Zeli descartou a hipótese de envenenamento, mesmo diante das suspeitas da família.Meses depois, Deise voltou a se encontrar com a sogra e teria misturado veneno na farinha utilizada para preparar o bolo da tragédia de dezembro.

Morte na prisão

Deise foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Feminina de Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. A necropsia confirmou morte por enforcamento. Em uma camiseta, deixou escrito que não era assassina e fez outras anotações na cela. Seu advogado, Cassyus Pontes, afirmou que ela sofria de depressão e que a defesa havia solicitado laudos médicos para um possível tratamento. A Polícia Penal do Rio Grande do Sul informou que Deise recebeu atendimento psicológico e apresentava comportamento estável.

O alerta sobre substâncias tóxicas

Para a polícia, ficou comprovado que Deise envenenou nove familiares, causando a morte de quatro deles. Com sua morte, o inquérito deve ser arquivado. O caso, no entanto, acendeu um alerta: a facilidade de acesso a substâncias letais como o arsênio pela internet, um fator que surpreendeu até mesmo os investigadores.

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