Partidos já divididos, como PP, Republicanos e União Brasil veem alas que falam em desembarque do Lula 3 ganharem força

Pesquisa aponta desgaste político de Lula e desinteresse do Centrão por cargos no governo

Os mais recentes levantamentos, como o da Genial/Quaest, indicam um enfraquecimento do capital político e eleitoral do presidente Lula. Esse cenário tem reduzido o apetite do Centrão por cargos no governo, incluindo ministérios, o que enfraquece a capacidade de articulação do Planalto. Lideranças de partidos como PP, Republicanos e União Brasil afirmam que cresce internamente a defesa de um "desembarque" da Esplanada dos Ministérios. Essas siglas, que já estavam divididas entre apoio e oposição ao governo, agora veem alas contrárias à permanência ganharem força. Até mesmo aliados do presidente demonstram preocupação com a falta de reação e a demora nas decisões. A possibilidade de uma reforma ministerial robusta, que redistribua espaços e contemple setores mais amplos da política, parece cada vez mais improvável. Petistas criticam a condução das mudanças pontuais e a ausência de um plano claro para reverter o desgaste. Um episódio simbólico ocorreu na última terça-feira (25), quando Lula participou pela manhã de um evento ao lado da então ministra da Saúde, Nísia Trindade, e, à tarde, confirmou sua demissão. "Foi uma espécie de velório em vida. Horrível", lamentou um deputado do PT.

Governo tenta reagir, mas prazo é curto

Diante da pressão, o Planalto busca retomar a ofensiva política com anúncios semanais e a intensificação da agenda pública de Lula. Porém, líderes do Centrão estipulam um prazo de, no máximo, 45 dias para que os números das pesquisas comecem a melhorar. Caso contrário, o movimento de saída dos partidos da base pode deixar os bastidores e se tornar um debate público.

Aprovação de Lula é menor que a desaprovação em oito estados

A pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (26), mostrou que a desaprovação ao governo Lula supera a aprovação em oito estados. O levantamento perguntou aos eleitores se aprovam ou desaprovam a gestão do presidente, reforçando os sinais de desgaste político. Esse cenário acende um alerta no governo e pode acelerar decisões para tentar reverter a tendência negativa.