Representantes da direita convocaram manifestação na orla de Copacabana
Manifestação em Copacabana reúne Bolsonaro e aliados em defesa da anistia aos presos do 8 de Janeiro
Neste domingo (16), manifestantes se reuniram na orla da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em defesa da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. O encontro contou com a presença de diversas autoridades políticas, incluindo os governadores Cláudio Castro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Jorginho Mello (PL-SC) e Mauro Mendes (União Brasil-MT). Ainda pela manhã, Bolsonaro compartilhou uma foto ao lado dos quatro governadores em suas redes sociais, acompanhada da legenda: “Juntos pela anistia aos presos políticos!”.
Além deles, participaram da manifestação o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), os filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.
Julgamento no STF e acusações contra Bolsonaro
A manifestação acontece em um momento decisivo para Bolsonaro, que aguarda o julgamento da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para os dias 25 e 26 de março. O tribunal analisará se aceita ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ex-presidente é um dos 34 denunciados por incentivar e participar de atos contra os Três Poderes e o Estado Democrático de Direito.
Bolsonaro alega perseguição e nega irregularidades
Durante seu discurso no evento, Bolsonaro afirmou que há uma tentativa de condená-lo por motivações políticas. “O que eles querem? Uma condenação. Se são 17 anos para as pessoas humildes condenadas pelos atos de 8 de janeiro, querem justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil. Minha vida estaria muito mais tranquila se eu estivesse ao lado deles”, declarou. Ele também sugeriu que sua inelegibilidade até 2030, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, pode ser revertida. Sem apresentar provas, Bolsonaro argumentou que sua condenação faz parte de uma estratégia para evitar uma eventual volta ao cenário eleitoral. “Como viram que a questão da inelegibilidade dá para ser alterada… Afinal de contas, me tornaram inelegível por quê? Peguei dinheiro na cueca? Alguma caixa de dinheiro no meu apartamento? Algum desfalque em estatal? Não! Foi porque me reuni com embaixadores e subi no carro de som do Silas Malafaia”, declarou.
A manifestação reforça a mobilização de apoiadores do ex-presidente e acontece em um contexto de grande expectativa política e jurídica para Bolsonaro e seus aliados.