Denúncia do MTE aponta condições de trabalho análogas à escravidão durante o carnaval deste ano
Bruno Reis rebate acusação de trabalho análogo à escravidão no Carnaval de Salvador
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), criticou a acusação feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) contra a Prefeitura e a Ambev, patrocinadora do Carnaval 2025, por suposta exploração de 303 vendedores ambulantes durante a festa. A denúncia aponta que os trabalhadores teriam sido submetidos a condições degradantes, afrontando os princípios da dignidade humana. A notificação do MTE ocorreu na última quarta-feira (12), após uma fiscalização realizada entre os dias 19 de fevereiro e 4 de março. Durante a assinatura da renovação do convênio entre a Prefeitura de Salvador e o Hospital Aristides Maltez, nesta quinta-feira (13), Bruno Reis classificou a ação do órgão como “irresponsável” e acusou o governo da Bahia de politizar o caso.
Críticas à acusação
O prefeito destacou que a atuação do MTE tem viés político e questionou a falta de ações do governo federal e estadual em favor dos ambulantes ao longo dos anos. “Essa é uma insinuação irresponsável. O Ministério do Trabalho é um ministério petista. Eles estão há quase 20 anos no poder, somando desde 2002 até agora. O que fizeram nesses 20 anos para ajudar o ambulante no Carnaval de Salvador ou em qualquer outro evento do Brasil? Nada”, declarou. Bruno Reis ressaltou que sua gestão credenciou 4.500 ambulantes, beneficiando diretamente cerca de 15 mil pessoas que trabalharam na festa. Ele também argumentou que a relação de trabalho dos vendedores durante o Carnaval sempre existiu e não foi criada por sua administração. “O Carnaval existe há mais de 100 anos e essa relação sempre foi assim. Mas nunca houve um tratamento tão digno como agora. E agora querem fazer ilações? Isso é irresponsável. Nós vamos nos defender e responsabilizar quem tentar politizar esse assunto”, afirmou. O prefeito garantiu que sua gestão seguirá apoiando os trabalhadores informais e rebatendo acusações que, segundo ele, têm motivações políticas.