Presidente do Palmeiras diz que "atletas que reclamam são mais velhos". Manifesto coletivo no mês passado foi compartilhado por Neymar, Thiago Silva, Coutinho, Bruno Henrique, Gabigol, entre outros
Leila Pereira critica manifesto contra gramados sintéticos e questiona jogadores: "Já deveriam ter parado"
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, fez duras críticas ao movimento dos jogadores que, no mês passado, se uniram para pedir o fim dos gramados sintéticos no Brasil. Entre os atletas que assinaram o manifesto estão Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho, Bruno Henrique e Gabigol. Após participar de uma reunião do Conselho Técnico da CBF, nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, a dirigente afirmou que a maior parte das reclamações vem de atletas veteranos e questionou a credibilidade do documento apresentado. Normalmente, os atletas que reclamam são mais velhos. "Eu até compreendo que queiram prolongar a carreira, mas muitos já deveriam ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado. Se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá. Esse manifesto não tem comprovação científica nenhuma de que o sintético prejudica a vida do atleta", disparou Leila.
Discussão na CBF e a posição do Palmeiras
A qualidade dos gramados foi um dos temas abordados na reunião entre os 20 clubes da Série A na sede da CBF. O Palmeiras está entre os seis times escolhidos para integrar um conselho (ao lado de Flamengo, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco) que estudará o assunto ao longo de 2025. Segundo Leila, um estudo apresentado pelo médico Jorge Pagura, da CBF, apontou que não há evidências científicas de que os gramados sintéticos sejam prejudiciais aos jogadores. O doutor Pagura fez uma bela apresentação com base em um estudo da CBF, e a conclusão foi clara: não há comprovação de que o sintético cause qualquer dano aos atletas. O que precisamos discutir é a qualidade dos gramados no Brasil. Melhor um sintético de primeira linha do que um natural esburacado. Isso é óbvio ressaltou a presidente palmeirense. Apesar do debate, não houve uma votação sobre a proibição dos gramados artificiais. O Conselho Nacional de Clubes se comprometeu a aprofundar a discussão e buscar uma solução que contemple todos os times.