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Ministro do STJ faz piada com ‘agilidade’ de baianos durante sessão e governador pede respeito: ‘não aceitarei que tentem reduzir’

Fala foi alvo de críticas na internet e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), aconteceu após um magistrado revelar dores no joelho.

Ministro João Otávio de Noronha faz piada sobre baianos e recebe críticas

Durante uma sessão da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última terça-feira (18), o ministro João Otávio de Noronha fez uma piada sobre a "agilidade de baianos" ao jogar basquete. A fala gerou repercussão negativa nas redes sociais e foi criticada pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). O comentário ocorreu após o ministro Raul Araújo mencionar que estava com dores no joelho devido à prática do esporte. "Você já sabe, né? Baiano que joga basquete. Dizem que o baiano é tão ágil, tão ágil, que quando joga basquete, ele arremessa a bola na cesta e ela só cai no sábado", disse Noronha.

Após a declaração, os demais ministros riram e o magistrado se desculpou. "Os baianos que me perdoem, tenho uma simpatia enorme pela Bahia. Não me expulsem de lá porque eu adoro acarajé", acrescentou. Nenhum dos ministros presentes é baiano. João Otávio de Noronha é natural de Três Corações (MG), Marco Buzzi é de Timbó (SC), Raul Araújo é de Fortaleza (CE), Maria Isabel Galloti é do Rio de Janeiro (RJ) e Antonio Carlos Ferreira é de São Paulo (SP). Também participaram da sessão a secretária da Quarta Turma, Teresa Basevi, e a subprocuradora-geral da República, Maria Soares Camelo.

Governador da Bahia reage e pede respeito

O governador Jerônimo Rodrigues se manifestou na noite de quarta-feira (19) e classificou a fala do ministro como xenofobia. "É estarrecedor ouvir, em pleno 2025, uma autoridade reproduzir um estereótipo preconceituoso contra o povo baiano", afirmou. Jerônimo também reforçou seu compromisso em defender a Bahia e criticou a perpetuação de estereótipos. "Sempre defenderei meu estado e não aceitarei que tentem reduzir a Bahia a uma visão superficial e distorcida. Nosso povo é inteligente, trabalhador, competente e dedicado. Não vamos normalizar esse tipo de discurso. Respeite a Bahia", declarou.

O Página Um entrou em contato com o STJ para obter um posicionamento, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.

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