Deputado federal mineiro discursou durante ato coordenado pelo ex-presidente na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Nikolas Ferreira critica Alexandre de Moraes e defende anistia durante ato com Bolsonaro no Rio
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) participou, neste domingo (16), do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro. Durante seu discurso, ele criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e defendeu a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar também exaltou Bolsonaro, a quem atribuiu o mérito de "salvar o Brasil do comunismo".
Ao subir no trio elétrico ao lado do ex-presidente, Nikolas ergueu a mão de Bolsonaro e caminhou com ele, sendo ovacionado pelo público. No palanque, estavam também o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). “O meu, o seu, o nosso presidente”, declarou o deputado mineiro, reforçando a fidelidade ao ex-mandatário. “Não temos o que comemorar, mas temos muito pelo que lutar”, acrescentou.
Defesa da anistia
Em sua fala, Nikolas citou o caso do empresário baiano Cleriston Cunha, conhecido como Clesão, que foi preso após os atos de 8 de janeiro e faleceu de mal súbito no presídio da Papuda. “O STF, principalmente na figura de Alexandre de Moraes, que não teve um único voto do povo brasileiro, tem decidido a vida de pessoas. No caso do Clesão, é irreversível, mas há outras pessoas presas injustamente”, afirmou.
O parlamentar fez ainda um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), pedindo a tramitação do Projeto de Lei da Anistia. Ele citou a história de uma mãe com seis filhos cujo marido foi condenado por depredação durante os atos uma acusação que, segundo ele, já foi praticada inúmeras vezes pela esquerda no país sem punições semelhantes.
Nikolas também mencionou o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para criticar o que considera uma seletividade da Justiça. “Ele tem uma condenação de 300 anos e agora está sendo influenciador da sacada do seu prédio”, disse, ao comparar o caso de Cabral com o de uma das condenadas pelo 8 de janeiro.
O ato no Rio de Janeiro reuniu milhares de apoiadores de Bolsonaro e reforçou o discurso de oposição ao governo Lula, além de pressionar o Congresso pela anistia dos presos relacionados ao 8/1.