Comunicadora e ativista do movimento negro, Wanda marcou o jornalismo baiano e seria homenageada pela Assembleia Legislativa
A jornalista Wanda Chase faleceu na madrugada desta quinta-feira (3) durante uma cirurgia para tratar um aneurisma da aorta no Hospital Teresa de Lisieux, em Salvador. Com uma trajetória de 27 anos na TV Bahia, Wanda se consolidou como uma das grandes comunicadoras do estado, além de ser uma voz ativa no movimento negro.
Nascida no Amazonas, Wanda chegou à Bahia em 1991, onde construiu sua carreira e se tornou referência no jornalismo. Seu velório será realizado na sexta-feira (4), a partir das 13h, no Cemitério Campo Santo. O sepultamento ocorrerá no sábado (5), no mesmo local, quando os familiares que moram fora do estado chegarão à capital baiana.
Há cerca de um mês, a jornalista revelou que enfrentava problemas de saúde, inicialmente diagnosticados como virose. Após buscar atendimento médico, recebeu o diagnóstico de infecção urinária, seguido por uma infecção intestinal. Na quarta-feira (2), foi internada e diagnosticada com aneurisma dissecante da aorta, uma condição grave em que a camada interna da artéria principal do corpo se rompe.
Wanda entrou em cirurgia por volta das 17h, mas, após quase seis horas, a família recebeu a notícia de seu falecimento. Com passagens por veículos como Rede Manchete, TV Cabo Branco e Rede Globo Nordeste, Wanda também atuou como assessora de imprensa da banda Olodum. Após se aposentar, tornou-se colunista do portal iBahia e integrou um projeto de podcast.
Ao longo da carreira, recebeu 45 prêmios e se destacou por dar visibilidade à cultura baiana, especialmente às manifestações culturais de matriz africana. Em 2002, foi homenageada com o Título de Cidadã Soteropolitana pela Câmara Municipal de Salvador.
Neste ano, seria agraciada com o Título de Cidadã Baiana pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), mas a cerimônia precisou ser adiada devido ao agravamento de sua saúde.