Conversas interceptadas pela Polícia Federal reforçam suspeitas de fraude em contrato de R$ 48,7 milhões firmado pelo consórcio de governadores do Nordeste em 2020.
Diálogos extraídos de um telefone celular pela Polícia Federal reforçam suspeitas de que um lobista intermediou um contrato fraudulento para a compra de respiradores em 2020, firmado pelo consórcio de governadores do Nordeste, então presidido por Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil.
A PF apura indícios de envolvimento de Rui Costa na negociação com a empresa Hempcare, que nunca havia atuado no fornecimento de equipamentos médicos. Pelo contrato, foram pagos R$ 48,7 milhões para a aquisição de respiradores que nunca foram entregues. Até hoje, o valor não foi totalmente recuperado.
O inquérito, que tramitava na primeira instância, foi enviado no início deste mês ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) em razão da mudança de entendimento sobre foro privilegiado.