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Polêmica na AL-BA: título de cidadão baiano a prefeito de Luís Eduardo Magalhães gera impasse e suspeita de uso político

Indicação a Júnior Marabá acirra tensão entre base governista e oposição, que vê tentativa de autopromoção com fins eleitorais

A tentativa de conceder o título de Cidadão Baiano ao prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP), provocou forte reação política na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nesta terça-feira (8). A homenagem, proposta pelo deputado estadual Antonio Henrique Júnior (PP), aliado político do prefeito e com atuação na região oeste do estado, foi barrada pela oposição, que se recusou a assinar a dispensa de formalidades necessária para levar o projeto à votação.

O ponto central da polêmica é a ausência de vínculos concretos entre Marabá e ações de relevância estadual. Nascido em Goiás e com atuação política restrita ao município que governa, o prefeito não possui histórico de iniciativas com impacto amplo sobre a Bahia, o que contraria o espírito da honraria, tradicionalmente concedida a personalidades que tenham prestado relevantes serviços ao estado.

A articulação, vista por muitos como um gesto de fortalecimento político, acabou acendendo um alerta entre os parlamentares. Nos bastidores, a leitura é de que a proposta seria uma tentativa de ampliar a visibilidade de Marabá, que tem demonstrado interesse em disputar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2026. O prefeito, nos últimos meses, se distanciou do grupo político de ACM Neto e passou a se aproximar do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o que também contribuiu para o desgaste com a oposição.

O deputado Alan Sanches (União Brasil), um dos principais nomes contrários à proposta, não poupou críticas. Ele classificou as declarações recentes de Marabá contra ACM Neto como “pequenez” e insinuou que o prefeito utilizou o nome do ex-prefeito em 2022 apenas por conveniência eleitoral. As falas repercutiram entre os parlamentares e reforçaram a visão de que o título seria usado como instrumento de marketing político.

O episódio evidencia uma prática recorrente no Legislativo baiano: a concessão de títulos honoríficos sem critérios técnicos claros, muitas vezes motivada por alianças políticas ou interesses eleitorais. Quando desprovidas de mérito comprovado, essas homenagens perdem valor simbólico e passam a ser vistas como moeda de troca ou estratégias de promoção pessoal.

Com a votação travada, a proposta ficou fora da pauta, mas o debate em torno do caso deixou marcas. A resistência da oposição sinaliza um ambiente político cada vez mais atento às movimentações pré-eleitorais e à tentativa de utilizar o espaço institucional da Assembleia como trampolim político.

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