Todos os 32 gestores eleitos em 2024 deixaram a sigla após decisão da Executiva Nacional; vice-governadora também trocou de partido
O PSDB enfrenta uma crise profunda em Pernambuco após a saída em massa de todos os 32 prefeitos eleitos pela sigla nas eleições de 2024. O rompimento coletivo aconteceu logo após a Executiva Nacional do partido determinar uma intervenção no diretório estadual e decidir que a legenda deixaria oficialmente a base da governadora Raquel Lyra (PSD).
A decisão provocou forte reação entre os filiados, incluindo a vice-governadora Priscila Krause, que havia ingressado no partido menos de um mês antes e também optou por se desfiliar. Raquel Lyra, por sua vez, também foi eleita governadora pelo PSDB em 2022, antes de migrar para o PSD.
Em nota oficial, a Executiva Nacional do PSDB condenou a debandada, classificando-a como “ato de extrema deslealdade” e destacando que os políticos que saíram foram beneficiados com recursos do fundo eleitoral da sigla. O partido havia sido o que mais elegeu prefeitos no estado no último pleito.
Para tentar retomar o controle da legenda no estado, a direção nacional nomeou como interventor o deputado Álvaro Porto, presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Porto é aliado do prefeito do Recife, João Campos (PSB), adversário direto da governadora, o que acirra ainda mais a disputa política local.