Com a morte do papa Francisco aos 88 anos, Igreja Católica inicia processo de escolha do novo pontífice; Conclave deve começar em até 20 dias
A morte do papa Francisco, nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, abre um novo capítulo na história da Igreja Católica. Conhecido por seu compromisso com o diálogo inter-religioso, a defesa dos pobres e a busca por uma Igreja mais próxima dos fiéis, Francisco deixa um legado marcante e uma missão complexa para seu sucessor.
Com o falecimento, o Vaticano inicia os preparativos para a escolha do novo pontífice. Até lá, o governo da Igreja ficará a cargo do Colégio dos Cardeais, responsável por tomar decisões urgentes durante o período de vacância. A eleição do novo papa, chamada de Conclave, deve começar entre 15 e 20 dias a partir da data da morte.
Estão aptos a participar da votação 135 cardeais com menos de 80 anos. Entre os cotados para assumir o posto mais alto da Igreja Católica, estão nomes que refletem a diversidade e os diferentes rumos que o próximo pontificado pode tomar.Entre os mais mencionados estão Jean-Marc Aveline, de 66 anos, arcebispo de Marselha, na França; Peter Erdo, cardeal húngaro de 72 anos; Mario Grech, maltês de 68 anos e atual secretário-geral do Sínodo dos Bispos; e Juan Jose Omella, arcebispo de Barcelona, com 79 anos.
Também aparecem com força Pietro Parolin, italiano de 70 anos e diplomata experiente da Santa Sé; Luis Antonio Gokim Tagle, das Filipinas, figura de destaque entre os cardeais asiáticos; e Joseph Tobin, arcebispo de Newark, nos Estados Unidos, de 72 anos.
O africano Peter Kodwo Appiah Turkson, de 76 anos, com longa atuação no Vaticano, e o italiano Matteo Maria Zuppi, de 69 anos, arcebispo de Bolonha e defensor do diálogo inter-religioso, completam a lista dos nomes mais comentados nos bastidores.
A escolha do novo papa refletirá não apenas o rumo espiritual da Igreja, mas também sua posição diante dos desafios contemporâneos como as tensões geopolíticas, as mudanças sociais e as crises internas.