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União Progressista discute rompimento com Lula e articula candidatura própria para 2026

Federação formada por União Brasil e PP deve entregar ministérios e lançar nome de centro-direita à Presidência

A recém-criada superfederação entre União Brasil e PP, batizada de União Progressista, sinalizou nesta terça-feira (29) a intenção de se afastar do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entregar os ministérios que atualmente ocupa. A declaração foi feita pelo vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, durante entrevista à GloboNews.

Segundo ACM Neto, há um "sentimento crescente" dentro dos dois partidos favorável ao rompimento com o governo federal, e essa decisão será debatida nos próximos meses. “Ainda em 2025, vamos abrir essa discussão. Vou trabalhar pessoalmente para desvincular inteiramente a federação da participação no governo”, afirmou.

Com 109 deputados, a União Progressista passa a ser a maior bancada da Câmara, superando o PL, que tem 92 parlamentares. No Senado, a nova federação iguala PL e PSD, cada um com 12 senadores. Além disso, a aliança reúne o maior número de prefeituras do país, somando 1.336 prefeitos, e controla seis governos estaduais.

A criação da União Progressista tem como principal objetivo a construção de uma candidatura de centro-direita para a eleição presidencial de 2026. De acordo com ACM Neto, o projeto está sendo articulado em conjunto com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). "Não estamos formando a federação para barganhar cargos.

Queremos ser a base de um projeto vitorioso em 2026", destacou.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO), já se lançou como pré-candidato e conta com apoio da federação, desde que atinja ao menos 10% nas pesquisas de intenção de voto até março de 2026.

Apesar da movimentação, a saída do governo Lula enfrenta resistência interna, especialmente de setores do União Brasil que mantêm boa relação com o Planalto. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), por exemplo, atuou recentemente para manter o controle do Ministério das Comunicações dentro do partido, mesmo após a saída de Juscelino Filho, alvo de denúncia da Procuradoria-Geral da República.

Durante o evento de lançamento da federação, a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro, reforçou a defesa de uma candidatura própria e criticou a gestão atual. "O Brasil não pode continuar como está", afirmou.

Inicialmente, estava previsto que o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) assumiria o comando da federação. No entanto, o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, deseja ocupar o cargo. Até que a disputa seja resolvida, a direção será compartilhada entre Rueda e Ciro Nogueira.

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