Pilotos da Ferrari discutiram trocas de posição durante a corrida, mas garantem que não há mágoas e que foco segue na evolução da equipe

Apesar do desempenho abaixo das expectativas no GP de Miami com Charles Leclerc e Lewis Hamilton finalizando em sétimo e oitavo lugares, respectivamente a Ferrari precisou administrar não apenas a falta de ritmo no circuito, mas também uma tensão momentânea entre seus dois pilotos. Durante a corrida, ambos se mostraram incomodados com as ordens de equipe e as inversões de posição, o que gerou críticas pelo rádio. Após a prova, porém, a dupla tratou de apagar o incêndio e garantiu que a relação segue sem rusgas.

“Perdi muito tempo atrás do Charles e, naquele momento, só queria que tomássemos uma decisão rápida. Foi frustrante, sim, mas algumas coisas foram mais sarcásticas do que sérias. Não estou mais frustrado. Vamos conversar internamente e seguir trabalhando”, afirmou Hamilton.

O britânico largou apenas em 13º, cinco posições atrás de Leclerc, mas avançou bem e entrou na zona de pontuação ainda antes da metade da prova. No giro 34, ultrapassou Carlos Sainz e alcançou o companheiro de equipe, que usava pneus duros enquanto ele calçava médios.

Hamilton então reclamou pelo rádio da falta de colaboração e, na volta 40, a equipe orientou a inversão de posições. Porém, após a troca, o veterano não conseguiu manter o ritmo, o que levou Leclerc a cobrar mais velocidade, já que o "ar sujo" estava atrapalhando seu desempenho. Mais tarde, o monegasco ainda questionou se perseguiriam a Mercedes na corrida.

Apesar da comunicação tensa durante a prova, os dois garantiram que não há ressentimentos e que o foco segue no desenvolvimento do carro. A Ferrari, por enquanto, ainda não conseguiu encontrar a consistência necessária para brigar com McLaren, Red Bull e Mercedes de forma mais contundente.