Secretário de Trump confirma análise de punições contra Moraes por supostas violações de direitos humanos; Câmara dos EUA também avalia projeto para barrar sua entrada no país

Um ministro vinculado ao grupo de Alexandre de Moraes corre o risco de não ter seu mandato renovado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em meio a uma crescente pressão internacional. Nesta quarta-feira (21), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio nome de confiança do ex-presidente Donald Trump declarou que há uma “grande possibilidade” de que Moraes seja alvo de sanções norte-americanas.

A declaração foi feita durante audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes, após questionamento do deputado republicano Cory Mills, da Flórida. Rubio confirmou que o caso está sendo analisado com base na Lei Magnitsky, legislação que permite ao governo dos EUA punir autoridades estrangeiras envolvidas em violações de direitos humanos.

“O assunto está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, disse Rubio ao comentar a possibilidade de sanções contra Moraes.

Parlamentares republicanos enviaram cartas ao ex-presidente Trump e ao secretário de Estado pedindo a aplicação da medida contra o ministro brasileiro, acusando-o de instrumentalizar o sistema judiciário do Brasil com fins políticos.

Além disso, o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes aprovou um projeto que pode impedir a entrada de Moraes nos Estados Unidos. A proposta ainda será votada pelo plenário, que é dominado por deputados republicanos.

O caso tem gerado tensão entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos e pode impactar diretamente a composição do TSE nos próximos meses.