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Prefeitos de redutos bolsonaristas na Bahia sinalizam apoio a Jerônimo Rodrigues

Gestores de Buerarema e Luís Eduardo Magalhães, que ajudaram a derrotar o PT em 2022, indicam reaproximação com o governo estadual; insatisfação com ACM Neto e União Brasil impulsiona movimento

Dois municípios baianos que se destacaram nas eleições de 2022 por garantirem vitórias a Jair Bolsonaro (PL) e derrotas expressivas ao PT sinalizam agora uma mudança de rota política. Buerarema, no sul do estado, e Luís Eduardo Magalhães, no oeste, foram os únicos entre os 417 municípios da Bahia onde o ex-presidente superou Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas. Na mesma eleição, os candidatos ao governo estadual pela oposição também venceram Jerônimo Rodrigues (PT) nas duas cidades.

Em 2022, os prefeitos Júnior Marabá (PP), de Luís Eduardo Magalhães, e Vinícius Ibram (União Brasil), então gestor de Buerarema, foram peças-chave nas campanhas de ACM Neto (União Brasil) e João Roma (PL), contribuindo para a derrota do PT em seus redutos. No entanto, o cenário político atual aponta para uma reviravolta significativa.

Em Buerarema, o prefeito eleito Gel da Farmácia (União Brasil), aliado de Vinícius Ibram, tem demonstrado proximidade crescente com o governo estadual. A insatisfação com a falta de diálogo e apoio por parte de ACM Neto seria um dos principais motivos para a mudança de postura. Embora evite confirmar oficialmente seu apoio a Jerônimo Rodrigues, Gel sinalizou a abertura para uma aliança. “Estou na busca de ajuda ao governo do estado, não tenha dúvida disso. A gente tem uma posição, como prefeito, de olhar para a minha comunidade e pode ter certeza que na hora certa a gente vai tomar as decisões para ficar do lado do nosso povo”, afirmou.

Em Luís Eduardo Magalhães, considerada a capital do agronegócio baiano, Júnior Marabá também se afastou da oposição. Em março, após uma série de encontros institucionais em Salvador, ele passou a criticar abertamente ACM Neto. Em entrevista à Rádio Baiana FM, Marabá acusou o ex-prefeito de Salvador de negligenciar os aliados do interior e declarou rompimento político com o antigo parceiro.

Esses movimentos refletem um sentimento mais amplo entre prefeitos da base oposicionista. Fontes ouvidas pela reportagem apontam que ao menos 20 prefeitos do União Brasil, sobretudo no sul e extremo sul do estado, estudam sair da legenda. A insatisfação estaria ligada à condução da federação entre União Brasil e PP, além da falta de atenção às lideranças municipais.

Outro nome que pode engrossar a lista de dissidentes é o ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo. Embora discretamente, ele tem dado sinais de reaproximação com o governo Jerônimo Rodrigues. Recentemente, participou de uma agenda institucional para tratar de demandas locais, o que alimentou especulações sobre uma eventual mudança partidária.

A possível debandada reforça o enfraquecimento da oposição estadual e indica que Jerônimo Rodrigues pode ampliar sua base política justamente em territórios antes dominados por seus principais adversários.

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