Google suspende impulsionamento de propaganda eleitoral no Brasil a partir de maio de 2024
Google suspende impulsionamento de propaganda eleitoral no Brasil a partir de maio de 2024

Imagem: Internet

O Google anunciou sua decisão de proibir o impulsionamento de propaganda eleitoral a partir do dia 1º de maio de 2024. Essa medida foi tomada devido à impossibilidade da empresa de cumprir todas as exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ordenou às Big Techs a expansão do monitoramento de todos os anúncios.

Com essa determinação, nenhum conteúdo relacionado a candidatos poderá ser impulsionado no Google Ads, plataforma que possibilita a criação de anúncios para o buscador e empresas associadas, como o YouTube.

"Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto", declara um trecho do comunicado divulgado pelo Google através do Poder360.

A resolução 23.732/24 do TSE determina que as Big Techs devem manter um repositório de anúncios eleitorais para monitoramento em tempo real, incluindo detalhes como conteúdo, valores, responsáveis pelo pagamento e características da audiência. Além disso, devem disponibilizar uma ferramenta de consulta acessível e fácil de usar para buscar dados nesse repositório.

Essa exigência, embora já existisse, foi ampliada pelo TSE, aumentando a preocupação das empresas de que o descumprimento integral da determinação possa resultar em acusações de negligência.

"A partir dessa resolução, conteúdo político-eleitoral é caracterizado como aquele que aborda eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou assuntos relacionados ao processo eleitoral", destaca outro trecho da resolução do TSE.

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